Mês: novembro 2019

Manutenção de Equipamentos Ex-p

Equipamento pressurizado

  1. O equipamento  deve ser inspecionado regularmente. Todo e qualquer vazamento deve ser vedado, já que teremos consumo de ar elevado, causando falha na pressurização principal,  com eventual desligamento do equipamento.
  2. Sistema de alarme e intertravamento devem ser regularmente conferido para assegurar seu perfeito funcionamento.
  3. Examinar estado geral dos equipamentos e painéis purgados/pressurizados, borrachas de vedação.
  4. Verificar se o sistema de purga, válvula reguladora de pressão e demais acessórios funcionam corretamente.
  5. Verificar se o interior dos painéis purgados com ar-comprimido não estão “encharcados” com excesso de óleo ou água arrastados pela linha de ar-comprimido.
  6. Verificar existência de placas de aviso quanto à pressurização e abertura após desenergização; marcação da pressão a ajustar no manômetro.

Tubulação de ar inutilizada e aberta.

Manutenção de Equipamentos Ex-i

Equipamento de segurança intrinseca

  1. Em segurança intrínseca o aterramento garantirá a eficiência da barreira de zener na limitação da tensão que é enviada área classificada. A continuidade de ligação à terra deve estar intacta e a resistência medida entre qualquer ponto da linha de terra do circuito de segurança intrínseca e o ponto de ligação dessa linha com o terra deve ser menor que 1W.

  2. Siga o manual de instruções do fabricante para efetuar os teste das barreiras. Não se deve fazer medições nas barreiras, sem antes desligar o circuito que vai para a área protegida. O multímetro utilizado pode facilitar a passagem de voltagens perigosas para área classificada
  1. Verifique se não existe nenhuma “invasão” de circuitos NSI (não intrinsecamente seguro) em áreas destinadas a circuitos SI (intrínsecamente seguro). Para manter a integridade da instalação cabo SI e NSI devem estar separados por uma distancia mínima de 50mm e presos para evitar movimentos ou o SI deve possuir sua blindagem aterrada.

  2. A manutenção de equipamentos intrinsecamente seguros pode ser executada com circuito energizado. A manutenção inclui operações como calibração e ajustes. Esta é uma das grandes vantagens de se ter um circuito de intrinsecamente seguro.

  3. Placas de identificação de equipamentos Ex-i devem estar sempre visível para a correta manipulação do pessoal da manutenção.

  4. Assegure que os parâmetros de barreira, de cabo e de instrumento estejam satisfatórios um para o outro. Qualquer  substituição deve-se levar em conta estes fatores. Por exemplo se um transmissor Ex-i for substituído por um outro, assegure que este novo, esteja perfeitamente associado a barreira e cabos correspondentes.

Manutenção de Equipamentos Ex-e

Equipamento de segurança aumentada

  1. Verifique por sinais visíveis de corrosão, fragilidades ou envelhecimento. O equipamento deve estar visivelmente em boas condições sem apresentar furos ou rachaduras.

  2. Os terminais não devem estar soltos e nem apresentar sinais de corrosão. Verificar por sinais de fadiga térmica ou manchas que indicariam um mau funcionamento.

  3. Luminárias de Segurança Aumentada, são certificadas para o tipo e potencia da lâmpada indicada na placa de identificação do equipamento. Nenhuma lâmpada de tipo diferente ou de potencia maior que a original especificada poderá ser utilizada na substituição, sob pena de se ultrapassar a máxima temperatura superficial admissível para a classe de temperatura da luminária, podendo torná-la inadequada para uso em atmosferas explosivas.  

  4. Em equipamentos Ex-e só poderão ser instalados prensa cabos Ex-e

Manutenção de Equipamentos Ex-d

Equipamento a prova de explosão

1.Observe por sinais de corrosão, fragilidade ou envelhecimento. O equipamento a prova de explosões devem ser capazes de resistir a uma explosão interna e em casos de tampas de caixas corroídas ou com ausência de parafusos, isso não acontecerá.

Tampa com corrosão.

2. A superfície dos flanges dos equipamentos devem estar planas e desobstruídas (de silicone, juntas de borracha adicionadas, etc) . Lembre-se que a chama deve passar por uma abertura estreita para se reesfriar e estinguir.

Tampa com sinais de silicone.

3. As tampas de um dispositivo a prova de explosão nunca devem ser removidos com o circuito energizado. No caso da tampa precisar ser aberta com o circuito energizado, deve-se garantir que não exista a presença de gases/vapores explosivos através de medições e seguindo procedimentos internos com a devida autorização de trabalho e executado por profissional qualificado.

4. Todos os parafuso devem estar em seu lugar e com torque adequado.  Quaisquer entradas novas e não utilizadas deverão ser tampadas. Veja a figura abaixo. Mostra uma caixa com falta de parafuso. Isto deve ser imediatamente corrigido.

Tampa com falta de parafuso.

5. Invólucros com tampas roscadas devem ter pelo menos, 5 fios de rosca perfeitamente encaixados.

6. Somente os Prensa Cabos Ex-d devem ser instalados em Invólucros Ex-d. Os furos não utilizados devem ser tampados e os prensa cabos folgados devem ser substituídos por outros com roscas adequadas aos furos existentes.  Os cabos não devem ser submetidos a esforços ou torções o que poderia levá-los a fraturas ou danos a capa de isolamento.

7. Leia a placa de marcação do equipamento à prova de explosão. Verifique se é indicado para o uso naquela área, conforme desenho de classificação de áreas. Por exemplo, durante a manutenção de uma planta, um transmissor a prova de explosão pode ser substituído indevidamente por outro do tipo Ex-i sem a proteção das devidas barreiras ou um equipamento Ex-d indicado para o Grupo IIA ser instalado em um local classificado para o Grupo IIC. Tais situações devem ser imediatamente corrigidas.

8. Os equipamentos devem possuir unidade seladora instalada a no máximo 45cm do equipamento e com massa de selagem certificada.

Botoeira sem unidade seladora.

Inspeção de Instalação Elétrica

Todos os equipamentos, sistemas e instalações antes de que sejam colocados em serviços deverão ser inspecionados. As inspeções regulares dos equipamentos asseguram sua integridade para uso em áreas classificadas.

A freqüência das inspeções pode ser definida pelo usuário, usualmente adota-se 1 vez a cada 3 anos ou após grandes paradas/obras. Os critérios para inspeção variam de acordo com o Grau de Inspeção adotado que pode ser do tipo Visual, Apurado ou Detalhado.

Inspeção Visual

Inspeção que identifica, sem o uso de equipamentos de acesso ou ferramentas, não conformidades que são evidentes, como por exemplo, ausência de parafusos, rachaduras ou fendas nas partes metálicas; vidros rachados ou quebrados; Prensa-cabos do tipo comum (à prova de tempo), prensa-cabos folgados, etc

inspeção apurada

Inspeção que engloba os aspectos cobertos pela inspeção visual e, além disso, identifica as não conformidades, (por exemplo parafusos frouxos) que somente são detectáveis com o auxílio de equipamentos de acesso, como escadas, e ferramentas
NOTA Inspeções apuradas não requerem, normalmente, que o invólucro seja aberto, nem que o equipamento seja desenergizado.

inspeção detalhada

Inspeção que engloba os aspectos cobertos pela inspeção apurada e, além disso, identifica as não conformidades (tal como terminais frouxos) que somente são detectáveis com a abertura do invólucro e uso, se necessário, de ferramentas e equipamentos de ensaios.

Manutenção – Requisitos Gerais

Em uma nova instalação em áreas classificadas, devemos ter sempre em mente:

  1. Todo o local ou instalação elétrica em áreas classificadas deve seguir as recomendações de normas específicas.

  2. Analisar os Certificados de Conformidade dos equipamentos para garantir que serão instalados nas áreas classificadas corretas. Isto significa que se um equipamento em particular tiver marcação para Zona 2, ele não deve ser instalado em Zona 1.

  3. Nem todos os tipos de proteção são permitidos em todos os tipos de zoneamento. Por exemplo: Em Zona 0 o único tipo de proteção permitido é o Ex-ia.

  4. Equipamento de Segurança Intrínseca exige identificação e circuitos independentes. Circuitos SI (segurança intrínseca) e NSI (não segurança intrínseca) não devem passar por um mesmo cabo multifilar. Quando o cabo SI e NSI necessitarem passar por um mesmo eletroduto ou bandeja, pelo menos o SI deve possuir blindagem aterrada ou serem separados por barreira física ou por uma distância mínima de 50mm. Cabo multifilar com vários circuitos SI não devem ser usados em Zona 0 sem antes haver um estudo das combinações das possíveis falhas.

  5. Para circuito intrinsecamente seguro, Unidade Seladora não são necessárias desde que exista algum outro meio mecânico para evitar a passagem de gases inflamáveis de uma área classificada para uma outra não classificada.

  6. As unidades seladoras devem ser instaladas o mais próximo possível do invólucro e nunca a mais de 45cm do mesmo.
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